Transformação Digital é para pequenos

Um dos assuntos que mais vem despertando entre as PMEs (pequenas e médias empresas) é o da Transformação Digital. Muito falado, mas pouco compreendido. A rápida evolução tecnológica está transformando indústrias e criando concorrências inesperadas. Isso aconteceu com as grandes empresas e agora chegou às PMEs. Em um evento em Berlim a alguns anos atrás, o fundador do Google, Eric Schmidt acertou ao dizer que:

“Alguém, em algum lugar, em uma garagem está mirando nossa empresa neste momento. Eu sei bem disso, porque há não muito tempo nós mesmos estávamos em uma garagem. A mudança vem de onde você menos espera”.

Agora os competidores surgem de onde menos se espera. Muito provavelmente o maior competidor da sua loja de cosméticos não é uma outra loja de cosméticos, mas sim a farmácia da esquina que além de vender cosméticos também vende bebidas, doces, óculos, acessórios para smartphones, acessórios para pets, brinquedos e o que for preciso!

Por algum tempo vimos isso acontecer com as grandes empresas. Eram os pequenos dando o troco nos grandes. De repente surgia uma startup que fazia a mesma coisa só que de um jeito melhor, mais rápido, prático e barato. Era até reconfortante, pois estava muito longe do negócio das PMEs. De fato, algumas vezes até ajudavam.

 

Agora parece que os ventos mudaram de lado. Estamos vendo isso acontecer por todos os lados, embora talvez não prestemos a atenção necessária as PMEs viraram o alvo da vez. Muitas vezes olhamos casos como Airbnb, Uber, Spotify, Nubank etc. como curiosidades e admiração, mas não como sinais claros de mudanças nos modelos econômicos e de negócios a que estamos acostumados. Ficamos acompanhando pela janela a os grandões apanharem dos pequenos. Uma espécie de bullying às avessas.

 

Mas quando olhamos com um pouco mais de cuidado podemos percebemos que os desafios das PMEs não são superar os grandes. O desafio está em não cometer o mesmo erro que os grandes. As vantagens competitivas que os pequenos negócios tinham como agilidade, flexibilidade e atendimento personaliza passaram a ser uma condição básica para a permanência no negócio. Mais ainda, aquilo que os clientes cobravam apenas das grandes empresas passam a ser um requisito comum para os pequenos e médios negócios.

 

Sites bem elaborados e responsivos, sistemas de alta disponibilidade, atendimento multicanal, facilidade de pagamento, velocidade e comodidade no atendimento e prestação de serviços. Tudo isso é o “novo básico”.

O mínimo diferencial

Agora os clientes não perdoam seu negócio só porque você é pequeno. Pelo contrário. Entendem que por ser pequeno você deveria fazer diferente, muito diferente e melhor do que os que tão aí. Isso se chama diferenciação.

 

Ter um site mobile, fanpage, receber por cartão de crédito ou mesmo uma conta movimentada em uma rede social balada não representa muito, não é diferencial e muito menos Transformação Digital.

 

À medida que a tecnologia se dissemina pela sociedade, ela passa a fazer parte do negócio, da organização seja ela pequena ou grande. A tecnologia se insere profunda e dramaticamente nas entranhas (e estratégia) da empresa. Muda o contexto, o negócio e a estrutura da competição. A tecnologia facilita, elimina fronteiras e transforma cadeias de valor.

 

Já não baste vender produto ou serviço. É preciso entregar conteúdo relevante. Não basta atender bem, é preciso engajar. Cartão de crédito ou débito? Negativo! Quero pagar via PicPay! Tem que ser bom? Sim, mas tem que ser barato também! Deu problema? Quero falar com alguém inteligente (mesmo que artificial), mas que esteja disponível 24 horas por dia e que resolva o problema!

A transformação é nos negócios, o digital é o caminho

Isto não significa que todas as empresas serão empresas de tecnologia ou que desenvolverão algum software disruptivo, mas devem pensar de forma digital.

 

Um bom exemplo é uma pequena empresa local que decide criar ferramentas, como um chatbot, que auxiliem o cliente no processo de decisão e compra. Ou um minimercado local que consegue se conectar com e permitir compras online, entregas rápidas e métodos de pagamento abertos.  É preciso adquirir a cultura organizacional da flexibilidade do modelo (pivotar) de negócio, entender que transformação digital é uma ação contínua.

 

As possibilidades são infinitas, mas é preciso colocar a tecnologia no centro do negócio. É necessário pensar digital, rever as capacitações da equipe técnica e dos gestores e, principalmente, rever o posicionamento e papel da tecnologia na sua empresa. Se sua empresa gasta menos com tecnologia do que com os carros da frota provavelmente tem algo de muito errado.

 

 

Pense no amanhã

Enfim, uma estratégia de transformação digital não é uma simples transformação do físico em digital, de criação de aplicativos ou de  comprar mais hardware ou software. É uma transformação da empresa como um todo, e como tal deve ser liderada pela equipe técnica com forte apoio de todos da organização.

 

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